Assim como o macarrão, originário do Oriente, e o tomate, fruto americano, o café não é originário da Itália. Entretanto, foi na Itália onde as técnicas de seleção e torra do grão foram exemplarmente desenvolvidas, realçando sua acidez e sabor. Também foi na Itália onde inúmeros blends com seu pó foram criados e incontáveis maneiras de degustá-lo foram propostas, tornando o café italiano sinônimo de qualidade da bebida, sendo as principais, mais antigas e conhecidas marcas do produto de origem italiana.

O primeiro método de preparação do café usado pelos italianos foi o chamado à moda turca, no qual grãos moídos finamente são fervidos em água e a bebida é consumida sem filtrar, após o pó se depositar no fundo do recipiente no qual é preparado.

Tempos depois, porém, descobriram o conforto do café coado, sendo de 1933 outra invenção que liga os italianos ao mundo dessa bebida e o mundo ao quotidiano italiano. Trata-se da cafeteira Moka, inventada por Alfonso Bialetti, e que virou moda nas casas do mundo inteiro muito antes que o café expresso saísse dos bares e passasse a ser consumido na comodidade dos lares.

Diga-se de passagem, o café expresso também é uma invenção italiana, criada em 1884 por outro piemontês, chamado Angelo Moriondo, e depois aperfeiçoada por diversos outros italianos. É feito em uma máquina na qual a água quente atravessa os grãos moídos, impulsionada por alta pressão, que vai de 9 a 10 atmosferas. O nome do método, aliás, vem da palavra italiana espresso, no sentido de pressionar ou espremer e não de rapidez, como muitos acreditam.

E se nas técnicas de seleção, torra e preparo são inúmeras e todas italianas, as maneiras de apreciar a bebida também são: curto ou longo, macchiato, affogato, corretto, shakerato, cappuccino, caffelatte e por aí vai.

Hoje você vai aprender 3 maneiras de se beber um café bom café italiano.

CAFFÉ CURTO

Esse é o mais fácil. Num xícara aquecida, de maneira a evitar o choque térmico (por isso que, nos bares, elas ficam em cima das máquinas de café), coloque apenas um dedo da bebida. Desse modo, sobretudo se você estiver tirando um café expresso, vai sentir o sabor mais intenso.

Se gostou do sabor, mas achou uma dose pouco, melhor tirar dois cafés. Um café longo não tem o mesmo sabor de um curto. De todo modo, procure tomar a bebida sem açúcar e, em todos os casos, use um blend italiano. Depois de provar, certamente não vai querer outro.

Se quiser dar uma incrementada, uma variante é o café corretto, ou corrigido, que leva uma pequena dose de grappa, um destilado de uva que vai abrir suas papilas degustativas e tornar a experiência muito mais intensa.

CAPPUCCINO

Enquanto o café curto é tomado logo cedo, antes de iniciar as atividades, depois do almoço, como um digestivo, ou no meio da tarde, para despertar, o cappuccino é uma bebida que se toma somente no café da manhã.

Embora fique melhor tirado numa máquina de café expresso, também vai ficar muito saboroso se fizer com a Moka.

Numa xícara de chá aquecida, preencha aproximadamente 1/3 do volume com café e complete o restante com espuma de leite, que você pode fazer com leite aquecido e um mixer, caso não possua a máquinas para gerar vapor.

Polvilhe a superfície com chocolate em pó meio amargo e está pronto seu cappuccino, que ao contrário do que muitos pensam no Brasil, não leva canela.

Novamente, prove-o sem açúcar para sentir o sabor da bebida sem interferência de outros sabores.

CAFÉ SHAKERATO

Ótima opção à base de café para os dias de calor, essa bebida leva uma dose de café longo (cerca de 30ml), que pode ser expresso ou feito na Moka, 4/5 cubos pequenos de gelo, 2 colheres de açúcar, 20ml de creme de whisky e 10ml de licor Amaretto (licor à base de amêndoas, natural da região de Varese). Para misturar tudo, faça uso de uma coqueteleira.

Atenção na ordem de adição dos ingredientes na coqueteleira (se não tiver uma, use um pote de vidro com tampa): primeiro o gelo, depois o açúcar e por último o creme de Whisky e o licor de Amaretto. Desse modo, o açúcar se dissolverá mais facilmente. Agite até não ouvir mais o barulho do gelo e sirva num copo de Dry Martini.

Para decorar, esmigalhe um biscoito amaretto e espalhe-o por cima da superfície da bebida.

Se preferir, pode substituir o creme de Whisky e o licor de Amaretto respectivamente por licor de café e licor Sambuca (bebida típica da região de Roma). Uma variante analcóolica substitui os licores por uma bola de sorvete de baunilha.

Escolha a sua opção e escreva nos comentários qual a sua preferida!